O carro deslizou pelas ruas de Al-Qadar em silêncio. A cidade, já mergulhada no breu elegante da noite, passava pelas janelas como uma pintura em movimento. Isabela mantinha o olhar no próprio reflexo, a cabeça levemente recostada no estofado, enquanto Zayn, ao lado, segurava sua mão com firmeza silenciosa.
Nenhuma palavra foi dita. Nenhum plano de guerra, nenhuma provocação sutil. Só o toque dele — constante, quente, como uma âncora firme em meio ao caos que ela carregava nos ombros.
Quando os portões do palácio se abriram, os faróis banharam os pilares de pedra como tochas cerimoniais. Zayn desceu primeiro, rodeando o carro para abrir a porta dela. Isabela aceitou a mão estendida e saiu, ainda com os dados e riscos girando em sua mente — mas com o corpo cedendo, finalmente, ao cansaço.
Juntos, atravessaram os salões silenciosos do palácio, os passos ecoando sobre o mármore polido. A luz âmbar dos corredores acariciava as paredes como mãos quentes, e a presença dele ao lado dissipava