O chamado ecoou pelas janelas altas, atravessando as cortinas claras do quarto com um timbre suave, quase reverente. O adhan despertava a cidade, mas ali dentro, o quarto de Zayn Al-Rashid parecia suspenso no tempo.
Ele abriu os olhos lentamente, já desperto antes mesmo do som preencher o ar. O corpo ao seu lado respirava de forma serena. Isabela dormia de bruços, com uma perna sobre os lençóis e o rosto voltado para ele, o cabelo espalhado como seda escura sobre o travesseiro.
Zayn se levantou em silêncio, os pés tocando o chão frio com firmeza. Lavou-se com calma no banheiro, como fazia desde menino, e ajoelhou-se sobre o tapete da oração voltado para Meca. Os gestos eram disciplinados, tranquilos, plenos de fé — uma rotina enraizada mais profundamente que qualquer poder.
Sentindo o espaço vazio na cama, Isabela ergueu o rosto, ainda sonolenta. O que viu não a assustou, nem a afastou. Zayn estava ajoelhado, olhos fechados, o corpo em reverência. Aquela imagem a envolveu com um calor