O silêncio do palácio ainda pairava como véu antigo entre as colunas de mármore e os corredores ornamentados. Zayn caminhava lentamente, os passos firmes ecoando sob o chão polido, enquanto os dedos giravam com leveza o terço árabe entre as mãos. Cada conta rolava sob sua pele com um propósito — meditação, foco, estratégia.
Ele havia acabado de sair do quarto de Isabela. Ainda sentia o perfume dela, a doçura discreta que se infiltrava sob sua pele como uma presença que permanecia mesmo na ausência. Mas agora, o dia chamava, e ele precisava vestir o papel do homem que carregava nas costas um império cercado de lobos.
Ao chegar à sua ala privada, abriu a porta com um gesto automático. A suíte era ampla, de linhas sóbrias e austeras, decorada com tapeçarias de tribos antigas e mobília em madeira escura. Dirigiu-se diretamente ao banheiro. A água quente caiu sobre seus ombros, dissipando os resquícios da noite anterior, mas não a tensão.
Minutos depois, saiu do banho, envolto por um vapor