O brasão dourado de Al-Qadar brilhava sobre o peito de Zayn, estampado no terno escuro que ele vestira ainda no avião. O calor seco do deserto não o afetava — o sangue árabe corria espesso demais para que ele sentisse desconforto ali. Seus passos ecoavam firmes pelos corredores de mármore polido do palácio, cada sombra familiar, cada tapeçaria carregada de história o lembrando de quem ele era.
Não havia sorrisos. Ele não viu as empregadas na entrada. Não enxergava nada à sua frente.
Não havia vestígios do homem que rira no avião, que sentira leveza no Brasil.
O Sheik Zayn Al-Rashid estava de volta ao trono, e o mundo sentia o peso disso.
Isabela ficara para trás, sob a proteção de Kareem. E era melhor assim. Se ele a olhasse naquele momento, se seus olhos encontrassem os dela com Malik por perto, talvez ela não sobrevivesse ao primeiro dia seguinte em Al-Qadar.
Ele cruzou o grande salão de colunas de ônix, guardas reais abrindo caminho, e assim que chegou ao escritório empurrou com fo