O quarto permanecia silencioso, exceto pelo som constante do ar-condicionado que soprava frio sobre o tapete do quarto dos funcionários da embaixada. A luz já inundava o ambiente quando Isabela abriu os olhos, lenta e pesadamente. Seu corpo ainda estava entregue à lassidão da madrugada — à lembrança do ápice solitário, do calor espalhado sob a pele, do nome dele escapando de seus lábios num sussurro entre gemidos.
Ela se virou na cama, resmungando baixinho ao olhar para o celular: 10:02 da manhã.
— Dormi tudo isso? — murmurou, surpresa. — Meu Deus...
Nunca em sua vida havia acordado tão tarde. Sempre despertava com os primeiros raios de sol, fosse para trabalhar, cuidar da mãe ou levantar Enzo para a escola. Mas naquela manhã, depois da noite que tivera... o corpo simplesmente não quis se mover.
Ela havia gozado. Forte. Sozinha. Pela primeira vez. Pensando em Zayn.
Passou a mão nos cabelos, bagunçados pelo travesseiro, e inspirou fundo. Ainda sentia o cheiro do sabonete do banho notur