O tempo passava de forma lenta e silenciosa na suíte de Zayn Al-Rashid. O aroma amadeirado dos sais ainda pairava no ar, mesclando-se ao frescor da noite que entrava pelas janelas entreabertas. A banheira agora estava vazia, a água havia sido drenada há mais de uma hora. O Sheik permanecia sentado à escrivaninha, os dedos entrelaçados sobre os papéis, a mente inquieta — mas o rosto sereno, como se estivesse em paz.
Ele não olhava o relógio. Não precisava.
Sabia que ela viria.
Sabia porque reconhecia nos olhos de Isabela algo raro: fogo e desespero coexistindo.
Quando finalmente a batida soou — firme, decidida, mas com uma hesitação quase imperceptível — Zayn não moveu um músculo além da boca.
— Entre — disse, a voz baixa, mas audível.
A porta se abriu, e lá estava ela.
O rosto cansado, os olhos vermelhos pelo choro que já não tentava mais esconder, os ombros rígidos como quem vinha travando uma batalha interna. Mas ainda assim, de pé. Ainda assim, diante dele.
— O senhor disse que eu