O salto fino de Isabela bateu no mármore polido como um disparo, cada passo um anúncio. O eco seco se espalhava pelo corredor silencioso, e até os guardas recuaram meio passo quando o perfume dela cortou o ar.
A luz suave do corredor se projetava adiante, empurrando a sombra dela pelo chão do escritório.
Hadassah não precisou olhar para saber quem vinha.
— Você está atrapalhando — disse, com aquele tom que queria soar superior, mas escorria veneno.
Isabela sorriu. Não foi um sorriso aberto; foi aquela curvatura mínima dos lábios que precede um terremoto.
Seu olhar passou pela figura esguia sentada no colo de Zayn… e pousou nele.
O sheik tinha a cabeça pendida para frente, como quem luta contra o sono. Não era sono. Ela reconhecia um corpo tentando agarrar a consciência com unhas curtas.
Ela avaliou rápido: a postura, o foco perdido dos olhos, a respiração mais lenta que o normal. Então, ouviu.
— Amalî… — A voz dele veio arrastada, quase um sussurro, carregada de um afeto inconsciente.