Os passos de Isabela voltaram a cortar o palácio como um metrônomo de comando. O silêncio do corredor já não era neutro; tinha o som abafado de quem engole a própria língua. Sabiam. Todo mundo sabia que Hadassah tinha caído do pedestal — e o mármore ainda guardava esse eco.
Atrás dela, dois serviçais sustentavam Zayn com a delicadeza de quem carrega um rei ferido. Ele mantinha os pés, mas a gravidade parecia mais teimosa do que o costume. A mão dele, trêmula, buscou algo no ar como quem procura o corrimão num escuro repentino. Quando cruzaram a porta do quarto, Isabela se inclinou e ofereceu a própria mão. Ele a encontrou. E parou de cair.
— Vem — disse baixo.
Zayn sentou na beirada, cedeu um pouco, e Isabela simplesmente se sentou também; ele deitou a cabeça no colo dela como quem volta para casa. Os olhos, turvos, a encararam com a urgência de quem tenta memorizar um rosto antes que a onda apague tudo.
— Minha Amalî… — a voz veio áspera de sussurro, macia de verdade. — Minha vida… m