Capítulo 7 - Mamãe onça

ALEXANDER

Corri o mais rápido possível, assistindo pelo retrovisor a forma doce como Molly tentava consolar a menininha. Acariciava seu cabelo e chorava ao ouvir cada grito desesperado de dor da pequena. Assim que chegamos ao hospital mais caro da cidade, ajudei a retirarem a garota do carro e ela logo foi levada para o consultório médico. Chamaram- me para ir junto e o fiz, mesmo sabendo que Molly desejava me matar.

Ignorando minha presença, Molly tremia ao meu lado enquanto esperava os médicos darem o diagnóstico preciso do que havia acontecido a sua filha. Era agoniante vê-la em tal estado e de alguma forma aquilo me comoveu grandemente.

— Você aceita um café? — Tentei ser gentil e aproximei-me dela vagarosamente.

— Não! Fique longe de mim! — Respondeu somente, com a voz chorosa. Sentou-se em uma das cadeiras e abaixou o rosto.

— Você quer que eu ligue para alguém? — Tirei meu celular do bolso e apontei para ela — Para o seu marido, talvez? — Pela primeira vez em todo o dia, fiquei com medo dela. Seus olhos foram para meu rosto e pude ver que estavam vermelhos e inchados pelas lágrimas, mas também raivosos e muito estressados.

A fúria que tomou conta de seu semblante realmente me aterrorizou.

— Não tenho nenhum marido, para sua informação! Será que é pedir muito para que o senhor pare de se intrometer em minha vida? — Suspirando, colocou-se de pé bruscamente — O que ainda está fazendo aqui, senhor Alcady? Eu já te dispensei, se estou bem lembrada...

— Você é mesmo uma grande mal agradecida! Estou aqui tentando te dar uma força, ajudei com a sua filha e é assim que me responde? — Bati de frente com ela, a encarando de cima, uma vez que era uns vinte centímetros maior do que sua estatura pequena — Sabe o que você merece? Sequer sou capaz de proferir tais palavras em frente a uma dama... — Fechei os meus punhos em um claro sinal de raiva — Depois passo para ver a garota. Adeus.

Coloquei o celular de volta no bolso e quando me virei para sair, sua pequena mão se fechou em meu pulso. Detive-me e retirei-me de seu toque antes de me virar para sua direção. A encarei nervosamente e cruzei os braços.

— Você viu como aconteceu? Viu como Melany caiu e me machucou? — Molly questionou de volta a sua postura frágil.

Porque raios tenho coração fraco e me deixei levar tão facilmente por uma mulher chorona?

— Sua filha... — Pensei duas vezes. Alice levaria a culpa por qualquer coisa que eu dissesse, por isso me policiei — Estava fazendo bolinhas de sabão, deixou um pouco de liquido cair e escorregou sobre ele. Foi apenas um acidente causado por uma brincadeira de criança inocente. — Cortei a parte da mesa, um tanto em duvida se iria ajudar, de fato — Logo em seguida, a loucura começou.

Molly cobriu os lábios com as mãos e chorou em silêncio. Eu podia ver a culpa em seus olhos enquanto a presenciava chorar.

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