Caíque
Acordo com o som das mensagens chegando no celular. Ainda meio sonolento, estico o braço para pegá-lo na mesinha de cabeceira. A claridade da tela quase me cega, mas reconheço o nome da Larissa na notificação.
Lari: Precisamos conversar. Coisa boa. Me liga quando acordar.
Reviro os olhos, mas um sorriso já está surgindo nos meus lábios. Larissa sempre tem um jeito dramático de dar as notícias. Me espreguiço e levanto, indo até a cozinha. O cheiro do café que ficou na garrafa de ontem ainda está presente, mas prefiro preparar um novo.
Enquanto a cafeteira trabalha, encosto na bancada e finalmente ligo para minha irmã. Ela atende no segundo toque, com uma animação que eu quase nunca vejo.
— Bom dia, dorminhoco!
— Bom dia, senhora Larissa. Fala logo, que mistéri