Anne,
Ela morde o canto dos lábios e me deixa desesperada.
— Você prometeu, Helen...
— Calma, eu não disse que você era pediatra, só disse que você tem um trauma. Ele falou com tanta preocupação, que eu fiquei com dó.
— E ele não perguntou que trauma?
— Perguntou, mas eu não disse. Falei que ele teria que tirar isso de você.
Respiro aliviada. Pelo menos agora ele não vai mais me incomodar para entrar numa sala de cirurgia e vai me ajudar quando alguém tentar fazer. Bom, é isso que eu espero dele, já que ele me defendeu de um pai que queria me bater.
Ele sai do quarto e passa por nós duas, me olhando e sorrindo. Agora que virei atração principal dele mesmo, meu Deus me ajude. Me levanto para ir medicar as crianças que precisam das medicações e percebo o quadro clínico de uma instável. Essa já pode receber alta sem problemas, mas, como não sou médica, vou levar isso para o doutor Eduardo e deixar ele avaliar.
Volto para minha mesa e coloco as coisas lá. Vou até a sala dele e bato na por