Anne,
Sinto as minhas pernas toda molhada, e me desespero. Me levanto e o Eduardo segura em minha mão.
— Minha bolsa estourou. — Eduardo se levanta e o médico também. Sinto uma cólica no meu ventre e me debruço. — Aí, que dor!
O médico se aproxima e manda eu me sentar novamente. Ele pega o telefone e liga para a emergência.
— Tem que levar ela para a maternidade, não temos o suporte necessário aqui para realizar o parto. Apenas fazendo consultas e exames de rotina.
— Segura em mim, Anne. — Eduardo pega minha mão e me levanta. Depois que fico em pé, ele me pega no colo. — Não precisa da ambulância, doutor, eu vou leva-la de carro.
Ele fala já saindo do consultório do clínico e praticamente corre comigo em seu colo. Chegamos no carro, ele me coloca deitada no banco de trás, e liga o carro, já saindo cantando pneus. Mas, no meio do caminho o carro para de funcionar, e ele começa a bater no volante. A dor se intensifica, e eu começo a gritar mais alto.
— Eu vou chamar alguém para nós leva