Vitório apertou a mão do neto e, após alguns instantes em silêncio, voltou-se para Madison.
— Signorina… me permite roubar Renzo por alguns minutos? — perguntou, com uma cortesia rara, quase dissonante para o patriarca. — Quero apresentá-lo a alguns parceiros de negócios.
Madison forçou um sorriso leve e assentiu.
— Claro, senhor.
Vitório fez um gesto com a mão, e Renzo o acompanhou, o braço rígido, a postura impecável. Antes de partir, o olhar de Renzo pousou sobre Madison, pesado, quase como um aviso silencioso de que não deveria se sentir desamparada.
Ela assentiu discretamente, entendendo o recado.
Ficou sozinha.
O silêncio do corredor lateral contrastava com o burburinho elegante do salão. Madison caminhou devagar, os saltos ecoando no mármore. Seus olhos foram atraídos pelos porta-retratos em molduras douradas e prateadas, cuidadosamente dispostos nas paredes e estantes.
Fotografias em preto e branco de homens austeros com ternos escuros; mulheres altivas em vestidos longos. Uma