O problema não foi o que Dominic fez.
Foi o quanto ele pensou antes de fazer.
Cada gesto passou a ser calculado com uma precisão quase excessiva. Não para invadir a vida de Lia, mas para não perdê-la de novo. E essa diferença, sutil demais, começou a confundir até ele mesmo.
Dominic sabia os dias em que Lia trabalhava até mais tarde. Sabia quando Miguel a buscava e quando ela voltava sozinha para casa. Não porque perguntasse. Mas porque observava padrões. O tipo de coisa que ele sempre fizera no mundo corporativo. Antecipar. Prever. Evitar riscos.
Só que agora… o risco tinha nome.
Lia.
Ele não aparecia.
Não ligava fora do combinado.
Não cruzava limites explícitos.
Mas pensava.
Demais.
E isso o deixava inquieto.
Para Lia, a linha começou a se apagar de um jeito silencioso.
Ela ainda mantinha distância emocional. Ainda se dizia que aquilo era apenas por Aria. Ainda repetia para si mesma que não devia nada a Dominic. Mas o corpo… começava a reagir antes da mente.
Ela percebia quando Domi