CAPÍTULO 134
Maria Eduarda Duarte
As coisas mudaram de figura quando ele me pediu para olhar a jaula e desviar do seu olhar. Consegui por um momento, mas o incômodo ainda estava lá. Maicon não era bobo, percebeu minha tensão.
— Feche os olhos! — ordenou com firmeza. Obedeci de imediato, apertando as pálpebras — Mais rápido, agora.
Com os olhos fechados, o mundo ao redor pareceu se acalmar um pouco, mas a tensão permanecia, latente sob a pele. Ele me afastou de leve, interrompendo o contato.
— O que foi? — minha voz saiu um pouco mais trêmula do que eu esperava.
— Sente-se! — ordenou novamente. O espaço era pequeno, mal cabia nós dois sentados, mas segui suas instruções sem questionar.
Maicon ficou em pé por um instante, seu olhar analisando cada movimento meu. Abaixou-se logo depois, e com delicadeza, passou os dedos firmes pela minha cinta-liga. O toque dele, ao mesmo tempo firme e cuidadoso, me trouxe uma sensação inesperada de conforto. Senti o calor de suas