Capítulo 135
Maria Eduarda Duarte
Acordei com a luz da manhã através das cortinas, e vi Maicon de pé perto da janela. Ele estava tão concentrado, mas sua expressão era distante. A noite anterior ainda queimava em minha memória; foi intensa e repleta de paixão, mas também deixou um gosto de vulnerabilidade que não conseguia ignorar e ele deve saber muito bem.
Quando ele se virou para mim, nossos olhares se cruzaram, e um sorriso involuntário brotou em meu rosto. O desejo de tocá-lo novamente era forte, mas percebi que ele estava hesitante.
— Bom dia, peste — ele murmurou, seu tom suave fazendo meu coração acelerar.
— Já vai? — perguntei, ainda meio sonolenta.
— Tenho coisas para resolver cedo. Alguém especializado da máfia virá para averiguar o sistema de segurança da casa, já que tem se preocupado. Ele vai mexer em tudo — ele respondeu, enquanto pegava sua camisa. O modo como evitava o contato me deixava um pouco confusa, como se houvesse uma batalha interna acontecendo de