Ethan

Quando a gente acha que tudo desmoronou, sempre aparece um fio de esperança. No meu caso, esse fio veio na forma de números numa planilha.

Era cedo, Diana ainda dormia. Eu fiquei sentado no sofá com o notebook aberto, revisando cada conta, cada investimento, cada propriedade que eu tinha fora da empresa. E, pela primeira vez em semanas, senti meus ombros relaxarem.

Não estava falido. Muito pelo contrário.

Eu tinha dinheiro o suficiente para a gente viver bem, até demais. Se quisesse, eu poderia parar agora e nunca mais trabalhar um dia na vida. Minha família estaria segura por gerações.

Fechei os olhos por um instante, sentindo a tensão sair do meu corpo. Tudo bem. A gente ia ficar bem. Eu podia dar tudo pra ela. E pro nosso bebê.

Levantei, fui até o quarto e fiquei ali, parado, olhando pra Diana. Ela estava deitada de lado, com aquele cabelo bagunçado caindo no rosto, respirando devagar. Deus… como eu amo essa mulher.

Me sentei na beira da cama e toquei de leve a cintura dela.