Ethan
Olhei para o relógio pela quinta vez em menos de dez minutos. Trinta minutos. Era isso. Trinta minutos que a Diana tinha saído só para comprar umas coisas na padaria. Não fazia sentido ela demorar tanto. Normalmente, ela voltava em dez, quinze minutos no máximo. Eu tentei me acalmar, mas a sensação ruim começou a tomar conta do meu peito, aquela angústia que a gente não sabe de onde vem, mas que parece gritar que algo está errado.
Levantei do sofá, peguei o celular e liguei para ela. Chamou. Chamou. Caiu na caixa postal. Liguei de novo. Nada.
— Droga, Diana… — murmurei, sentindo o coração acelerar.
Peguei minha jaqueta, decidido a descer e ir atrás dela, quando o celular vibrou nas minhas mãos. Olhei para a tela esperando ver o nome dela, mas não. Era um número desconhecido.
— Alô? — atendi, a voz falhando.
— Senhor Ethan Alencar? — uma voz feminina, séria.
— Sim, sou eu. Quem está falando?
— Aqui é do Hospital Santa Helena. A senhorita Diana Muniz… ela sofreu um acidente.
Meu c