Ethan
Acordei antes dela. Sempre acordo antes dela. Não sei se é mania de insônia ou só o costume de viver os últimos meses em alerta, mas tem algo de bom em ver a Diana dormir. O rosto relaxado, os cabelos espalhados no travesseiro, a respiração leve. Ela não faz ideia do quanto fica bonita nesses momentos.
Fiquei ali, deitado, olhando, tentando gravar cada detalhe. Parte de mim queria puxá-la para mais perto, mas outra parte só queria deixá-la descansar. Ela merecia cada minuto de paz depois de tudo o que a vida tinha feito com a gente.
Quando o despertador dela tocou, eu já estava sentado na beira da cama, esperando. Ela resmungou alguma coisa, meio enrolada nos lençóis, e esticou a mão até o celular.
— Ethan... — murmurou, a voz arrastada. — Tá cedo demais...
Sorri.
— Diana, você sabe que não tá cedo. É a hora certa.
Ela bufou e se enfiou debaixo do travesseiro. Típico dela.
— Levanta — falei, puxando o cobertor. — Eu vou te levar.
— Você não precisa...
— Eu quero.
Essas três pala