Ethan
Eu não lembrava a última vez que tinha ficado tão ansioso. Talvez no dia em que Diana abriu os olhos depois do coma. Mas aquela ansiedade agora era diferente, tinha um gosto doce, uma expectativa quase infantil. Eu estava sentado dentro do carro vermelho, o motor ligado, esperando o horário dela sair do escritório.
As mãos estavam no volante, mas eu mal conseguia parar de olhar o reflexo do carro na vitrine do prédio vizinho. Era bonito demais. Compacto, elegante, o tipo de carro que chamava atenção sem ser exagerado. E a cor... ah, a cor. Vermelho vivo, vibrante, exatamente como eu via a Diana. Forte, impossível de ignorar.
Olhei o relógio. Quase na hora. Respirei fundo, ajeitei a gravata — que já estava perfeita, mas eu precisava ocupar as mãos de alguma forma — e fiquei ali, esperando.
Quando a porta de vidro do prédio se abriu e ela saiu, o mundo pareceu desacelerar. Diana vinha andando com aquele jeito dela, firme mas ao mesmo tempo leve. Usava um vestido simples, azul-mari