Diana
O carro andava em silêncio. Só o som do motor e da minha respiração tentando se controlar.
Depois daquele beijo escancarado na frente de todo mundo no acampamento, tudo virou um turbilhão dentro de mim. O ônibus da equipe partiu, mas ele me puxou pelo braço e disse que iríamos juntos.
Agora eu tava aqui, no banco do carona do carro dele, observando ele dirigir com aquela cara fechada que só o Ethan sabe fazer. A mão firme no volante, o maxilar travado e aquele silêncio que gritava mais do que qualquer palavra.
Até que eu explodi:
— Qual o seu problema, Ethan?
Ele olhou de relance pra mim, mas não respondeu de imediato. Só depois de alguns segundos soltou um:
— Que problema? O problema de estarmos juntos?
Revirei os olhos.
— E eu posso saber desde quando a gente tá junto?
Ele bufou e apertou mais forte o volante.
— Desde o dia que eu decidi.
Quase engasguei com a audácia.
— Qual é o seu problema, hein?
Ele bateu a mão no volante, impaciente.
— O meu problema é que quando eu acord