Ethan
Eu nunca dirigi tão rápido na minha vida. Cada semáforo parecia uma afronta, cada carro à minha frente era um inimigo que eu precisava ultrapassar. O coração batia tão forte que eu mal conseguia respirar. As palavras da Diana não saíam da minha cabeça: “A minha mãe desmaiou!”.
Quando finalmente entrei pelo portão da mansão, quase arranquei o portão eletrônico no impulso. O carro nem tinha parado completamente e eu já estava do lado de fora, correndo pela entrada, sentindo as pernas pesadas de tanta adrenalina.
Atravessei a sala quase sem enxergar nada, apenas com um único pensamento: chegar até o quarto onde Dona Glória estava. E quando abri a porta, encontrei a cena que, de certa forma, me fez respirar de novo.
Ela estava deitada na cama, pálida, mas acordada. Diana estava sentada ao lado, segurando sua mão, os olhos ainda marejados, mas com um pouco mais de calma. Ao pé da cama, o doutor Meireles conversava baixo com uma das enfermeiras.
— Graças a Deus… — soltei, sem perceber