Ethan
Acordei com o som do mar batendo lá fora. Aquele som suave, constante, que mais parecia um lembrete de que a vida podia, sim, ser simples por alguns instantes. A luz entrava pelas cortinas brancas do quarto e iluminava o rosto da Diana, adormecida ao meu lado. Ela parecia calma outra vez, depois de tudo o que aconteceu nos últimos dias — o susto, o ataque de pânico, a correria pra mudar de hotel.
Apenas fiquei ali, olhando pra ela. O cabelo bagunçado caía pelo travesseiro, o rosto tranquilo, os lábios entreabertos. Era quase impossível acreditar que a mulher que agora dormia serena, minutos atrás tinha estado à beira de um colapso. A força dela me deixava sem ar.
Toquei de leve o rosto dela com a ponta dos dedos.
— Bom dia, amor.— murmurei, baixo.
Ela se mexeu, soltou um resmungo preguiçoso e abriu os olhos.
— Já tá acordado? — a voz dela saiu rouca, sonolenta.
—Faz tempo — falei sorrindo. — Tava aqui pensando que a gente devia aproveitar o dia. O sol tá perfeito lá fora. E a ge