Diana
— Abre as pernas se quiser que eu te foda bem gostoso. — a voz grave sussurrou no meu ouvido.
Na hora, um arrepio violento percorreu minha espinha. Não foi só pela frase suja — que já era o bastante pra me deixar fora de mim — foi pela voz. Eu conhecia aquela voz. Era a voz do Ethan.
Meu coração quase saiu pela boca. A mente quis questionar, quis racionalizar... mas o corpo? O corpo mandou a razão ir tomar no cu. E quando senti o peso dele sobre mim, quente, forte, dominante, eu não pensei em mais nada. Só senti.
Ele me penetrou de uma vez, com força, sem dó. Um gemido rasgou minha garganta, alto, desesperado. A sensação era absurda. Mesmo com a minha boceta toda molhada, escorregadia, ele era tão duro que parecia uma porra de uma rocha viva.
As estocadas começaram pesadas, ritmadas, acertando cada pedacinho dentro de mim como se ele conhecesse meu corpo melhor do que eu mesma. Eu grudei nele, entrelacei minhas pernas ao redor da cintura forte, puxando ele mais, querendo ele mais fundo, mais dentro, mais meu.
— Isso… — murmurei, perdida, ofegante. — Mais… mais forte…
E assim ele fez, sem falar nada, só gemendo rouco no meu ouvido. O som dele, grave, rouco,ferroz, me deixou ainda mais louca. Eu não queria mais fingir ser forte. Eu queria ser dele. Ali, naquele momento, vendada, amarrada, fodida por um homem que talvez fosse o meu maior desejo secreto.
As estocadas ficaram mais rápidas, mais fortes, e cada investida arrancava gemidos desesperados de mim. Eu senti o prazer se acumulando, subindo como uma maré brava dentro do meu corpo. Meus músculos se contraíam, minha pele queimava, minha alma parecia flutuar.
Quando ele mudou o ângulo, acertando direto no meu ponto mais sensível, eu gritei. O orgasmo me pegou de jeito, rasgando meu corpo inteiro em ondas violentas de prazer. Eu tremi inteira, chorando, gemendo, me desfazendo embaixo dele.
Ele não parou. Continuou mais forte, quase brutal, como se quisesse arrancar até a última gota de prazer de mim, e eu adorando tudo aquilo. E então senti o corpo dele endurecendo, os gemidos ficando mais graves, mais animalescos, até ele também gozar dentro de mim, com uma força que quase me levou junto de novo.
Ficamos ali, colados, ofegantes, suados, perdidos um no outro.
Sem palavras. Só respirações misturadas e a sensação surreal de que eu nunca mais seria a mesma depois daquela noite.
***
— Você é realmente obcecada por esse cara. — Carol falou, revirando os olhos enquanto se jogava no sofá da minha sala. — É simplesmente impossível alguém como o Ethan Alencar frequentar uma casa dessas.
— Eu juro que era a voz dele. — insisti, despejando brigadeiro num pratinho de vidro. — Se não era, então ele tem um irmão gêmeo dominador perdido por aí.
Carol soltou uma risada debochada, pegando uma colherada do brigadeiro que eu mal tinha colocado na mesa.
— Diana, vamos usar a cabeça, né? — Ela me olhou como se eu fosse uma criança birrenta. — Você tava vendada, num lugar completamente estranho, sendo levada ao céu por um cara misterioso. No meio daquele furacão de prazer, óbvio que seu cérebro foi direto pro seu crush proibido. Você tá tão obcecada pelo Ethan que nem consegue sentir prazer sem se imaginar nos braços dele.
Eu revirei os olhos, mas lá no fundo sabia que ela tinha um ponto. Só que a lembrança da voz dele ecoando na minha cabeça era tão real... tão quente... que uma parte de mim ainda acreditava que tinha sido ele. Mesmo que parecesse loucura.
O resto do domingo passou do jeito que eu mais amo: eu e a Carol largadas no sofá, maratonando dorama na N*****x, comendo brigadeiro e fingindo que a vida adulta não existia. Eu precisava descansar, né? Depois da loucura que foi a noite de sábado, meu corpo parecia ter passado por uma guerra. Então eu me permiti desligar. E, sinceramente? Dei um jeito de empurrar pra debaixo do tapete essa história de ter gozado ouvindo aquela voz rouca e deliciosa que parecia — repito, parecia — ser do Ethan.
Segunda-feira não teve dó. Às oito da manhã em ponto, lá estava eu: impecável, salto nos pés, café na mão e bunda plantada na cadeira da recepção, como a secretária exemplar que eu fingia ser. Ethan chegou logo depois, todo sério como sempre... Só que, dessa vez, ele olhou direto pra mim e soltou um "bom dia".
Sim, minha amiga, o mais temido de todos Ethan Alencar me deu um bom dia. Eu quase caí da cadeira. Ethan Alencar não era conhecido por distribuir gentilezas. Aliás, nos últimos anos, ele mal lembrava que eu existia além dos recados e e-mails.
O dia foi seguindo no ritmo de sempre: muita papelada, reuniões intermináveis, clientes insuportáveis e aquele caos organizado que só quem trabalha em escritório entende.
Mas, como a desgraça adora um pobre coitado, exatamente às dezoito horas — faltando só trinta minutinhos para eu meter o pé — o delicioso canalha saiu da sala dele, com aquele terno caro, ar de chefe dominador e disse:
— Diana, me traga o relatório da última reunião com o senhor Sanches, com os arquivos atualizados.
Traduzindo: "pode esquecer a sua liberdade hoje, princesa, você vai sair daqui só depois das nove da noite."
Eu quis gritar. Eu quis xingar. Mas o que eu fiz? Sorri feito uma idiota e balancei a cabeça.
A verdade? Aquele pilantra sabia exatamente como me enlouquecer.
Organizei os arquivos rapidinho, levei uns 30 minutos cravados no relógio, e parti em missão até a sala da vossa majestade, o senhor Ethan Alencar. Bati na porta e falei com a minha voz mais profissional:
— Com licença, senhor Alencar.
Ele estava lá, todo sério atrás da mesa, mergulhado nos papéis, nem levantou a cabeça. Entrei, fechei a porta e entreguei os arquivos. Tentei dar um golpe de mestre:
— Aqui estão os arquivos que o senhor pediu. Se for só isso, já estou liberada pra ir pra casa.
Mandei a isca, toda cheia de esperança. Mas né... claro que não.
— Obrigado, Diana. Mas ainda tem mais uma coisa. — ele disse, a voz grossa, sem nem levantar o olhar ainda.
Antes que eu pudesse perguntar o que era, Ethan se levantou, deu a volta na mesa e... trancou a porta. Trancou. A porra da porta! Meu coração já deu um pulo no peito. E como se não bastasse, ele ainda fechou todas as persianas da sala. De repente, a cabeça da safada aqui começou a viajar longe, bem longe…
Ele veio na minha direção, o cheiro dele me atingindo em cheio, me deixando zonza. Sem cerimônia nenhuma, me pegou pela cintura, como se eu fosse uma bonequinha e me colocou sentada em cima da mesa dele. Eu nem conseguia pensar direito, meu coração batendo igual escola de samba.
E foi aí que aconteceu: ele me beijou. E, meu Deus... que beijo. Foi urgente, quente, faminto. Não tive nem chance de fingir um pouco de orgulho. Beijei de volta como se a minha vida dependesse disso. Tipo, vamos combinar, né? O homem que eu mais desejei na vida tava me beijando. Ia fazer o quê? Fugir? Jamais.
As mãos dele passaram pela minha cintura, puxando meu corpo contra o dele. E no meio daquela pegação toda, ele soltou, no meu ouvido:
— A noite de sábado foi deliciosa.
Meus olhos arregalaram na hora. Meu corpo congelou
Não foi produto da minha imaginação suja. Eu de fato tinha transado com o meu chefe.