Olivia
— O quê? Eu não tenho trinta mil e nem como conseguir isso — falei, desesperada. — Vivo na estrada, cantando em bares e festivais.
— Isso não é problema meu! — gritou. — Sabe há quanto anos estou procurando por aquele desgraçado? — Ele estava ainda mais irado. — A culpa de eu não ter recebido a minha grana, é sua! Você o matou. Então, você me deve! — Apontou a arma para mim novamente, mirando-a no meu rosto. Eu me encolhi ainda mais. — E somando doze anos de juros e correção monetário... — Sorriu mais uma vez. Um sorriso perverso e humorado. Ele estava se divertindo com o meu medo e o desespero. Desgraçado! — Diria que a dívida está em cem mil dólares.
Meus olhos se arregalaram novamente.
— Mas não foi para mim que emprestou dinheiro. Não tenho como te pagar!
Novamente, a sua mão agarrou a minha garganta, assustando-me para caralho e fazendo-me gritar.
— Então terei que incendiar um ônibus agora mesmo! Eu só preciso dar um telefonema, e logo a manchete de amanhã será corpos ca