Marina cresceu em um orfanato e encontrou em Luma mais que uma amiga. As duas passaram por todo tipo de dificuldade juntas, até mesmo no emprego: Luma como garota de programa e Marina como dançarina na mesma boate. A vida seguia seu curso, até que um cliente especial apareceu, um homem poderoso que se encantou por Marina. Ethan Forth nunca foi de se prender a ninguém. Mulherengo assumido, ele aproveita tudo o que a vida tem a oferecer, até encontrar o verdadeiro amor. Mas, ao entrar naquela boate e ver uma bela dançarina, algo nele muda. Ele quer Marina, mas sua frustração explode quando descobre que ela não faz programa, obrigando-o a sair de lá com outra mulher. Dois anos depois, Marina continua presa àquela vida, agora como mãe solo do filho da melhor amiga, enquanto Ethan finalmente se aquietou, focado nos negócios. Mas o destino dá um jeito de colocá-los frente a frente de novo. Será que Marina vai ter coragem de revelar o segredo que esconde há tanto tempo?
Ler maisEthan,
Depois que eu terminei os estudos, fui obrigado pelo meu pai a fazer faculdade de administração, pois ele sempre me disse que eu ocuparia o seu lugar na empresa aqui na Califórnia. Mas a verdade é que eu não gosto muito dessas coisas de obrigação. Gosto mesmo é de curtir a minha vida, mas ele sempre tenta me segurar para não passar dos limites. Muitas vezes eu fugia de casa só para ir para as baladas, e como dinheiro compra tudo, conseguia entrar em qualquer uma. Mas, meu pai parecia ter colocado um rastreador em mim, e sempre me buscava e me levava para casa. Não gosto desse controle que ele está querendo ter sobre mim. A vida é minha, e eu devo fazer as minhas escolhas. Mas, percebi que eu só ia ter a minha liberdade mesmo, quando eu terminasse a faculdade que ele tanto queria. Pensei que, depois de formado, e trabalhando na empresa, ele me deixaria em paz, e eu poderia conciliar trabalho com diversão. Tentaram até trazer algumas mulheres aqui, para fazer um casamento, mas nenhuma tocou o meu coração. Não quero casar só por casar, quero casar com a mulher da minha vida. Eu sei que ela existe, só não sei ainda onde ela está. Mas mesmo eu fazendo de tudo, ele continuava tentando me controlar, e isso só aumentava o meu prazer de querer fazer o que eu não podia. Quando tinha alguma viagem de negócios para fora do país, ele ia, só para me manter preso em sua bolha. Cansado de toda essa situação, aos 26 anos, chamei minha mãe e o meu pai para conversarmos, para dar um fim nisso tudo, porque eu já estou me sentindo sufocado. Cheguei no meu limite. — Não quero mais cuidar da empresa. — Digo já entrando no escritório da casa dele, onde estão os dois. — Estou me sentindo uma criança ainda, onde o senhor controla tudo, pai. — Encontrei um maço de cigarro no seu bolso. Está fumando, Ethan? — Minha mãe pergunta, cruzando os braços. — Sim, estou. Não sou mais um adolescente para vocês me controlarem. Tenho 26 anos, e posso fumar, beber, e fazer o que eu quiser. — Os dois se olham como se eu tivesse comentado o maior crime do mundo. — Ethan, isso não é vida. Você vai entrar nesse caminho e não tem volta. Sai disso antes que seja tarde demais, meu filho. — Meu pai fala, se levantando e vindo até mim. — Posso continuar cuidando de uma das suas filiais, mas não será aqui. Quero ir para outro país, quero morar só e dar início à minha vida. — Não faça isso, Ethan... — Minha mãe insiste, mas eu a interrompo. — Ou é isso, ou eu sumo no mundo e vocês nunca mais saberão de mim. Tenho 26 anos, e posso fazer isso. — Certo. — Meu pai volta para sua cadeira e pega o celular. — Vou te mandar para Nova York... — Não, não quero ficar nos Estados Unidos. Ficará muito perto. Quero ir para... pra... Para a Austrália. — Tão longe, filho? — Sinto pena da minha mãe. Ela sempre foi maravilhosa, ela sabia das minhas fugas para me divertir, às vezes até me ajudava. Mas o meu pai é um pé no saco. — Ok, pode fazer suas malas. Tem uma casa lá te esperando. Segunda você começa a trabalhar como o CEO da empresa em Sydney. Quero um relatório vindo de você toda sexta-feira. O dia que você não me mandar, eu tiro você da empresa, e tiro todo o dinheiro que você tem em conta. Vai ter que se divertir sem minha ajuda financeira. Já fui como você, já fiz tudo isso que você está fazendo, e se eu te barro em algumas coisas, é porque eu sei onde isso pode levar. Mas, já que quer ser livre, pode ir. Que Deus te acompanhe. Ele se levanta com o celular na mão e sai da sala. Minha mãe me abraça forte, e eu aperto ela em meus braços. — Estava arrumando outra mulher para você, para ver se aquietava. Um casamento pode te mudar... — Só vou me casar quando a mulher ganhar o meu coração. Não vou me casar só para dizer que sou casado. A mulher tem que ser especial, e meu coração que tem que escolher, não a senhora ou o meu pai. Vou ficar bem, mãe. Prometo te ligar sempre. (...) Estou dentro do avião, a caminho da minha liberdade. Até o ar parece diferente agora, pois sei que se eu olhar para trás, meu pai não vai aparecer para me buscar. Minha mãe me trouxe até o aeroporto, mas assim que passei pelas portas do embarque, ela foi embora. A melhor sensação é quando o avião decola. Agora tenho certeza absoluta que minha vida vai começar, e vai ser do jeito que eu quero. Como não posso fumar dentro do avião, fecho os meus olhos e tento dormir um pouco. (...) Acordo com a aeromoça me chamando, pois já vamos pousar. Olho para fora e nem acredito que saí dos Estados Unidos. Que incrível é a cidade de Sydney! Cheguei na madrugada, então as luzes deixam a cidade parecendo um paraíso. Assim que eu saio do aeroporto, um homem com uma placa na mão me chama. É o motorista do meu pai, que vai me levar para a nova casa. Mas acho melhor ter um pouco de diversão primeiro, só para comemorar a minha liberdade. — Quero ir a uma casa noturna antes de ir para casa. — Sim senhor, posso te levar em uma bem legal. — Achei que ele ia vir com sermão, mas não, ele me apoiou. Concordo com ele e seguimos para a tal casa noturna. A fachada é lilás, mas as letras são coloridas em neon, bem chamativa. Ele diz que vai me esperar no carro, no estacionamento, então pago a minha entrada e sigo direto para o bar. Pego uma dose de vodka com energético. Pago, pego o meu copo, e me sento em uma mesa, onde dá para ver perfeitamente as dançarinas no palco. Uma delas me chama atenção, e eu não consigo tirar os olhos dela. Tão linda, tem um rostinho meigo, parecendo uma menina, mas com corpo de mulher. Sua cintura é fina. Tenho certeza que consigo abraçar ela com as minhas duas mãos. Me levanto e vou até ela. Ela olha para mim, e que olhar! Parece até que o mundo todo parou. Vou levar essa dançarina para minha cama hoje, ou não me chamo Ethan Forth.MarinaFui levada para o quarto, e depois de um tempo, o Ethan entra no quarto com a Luma em seus braços. Ela é tão linda, que não tem como não me aproximar. No outro dia, Amélia chega com o Dante no colo para apresentarmos eles, no início, pensei que ele ia ficar com ciúmes da irmãzinha, porém, ele fez carinho e beijo a cabecinha dela. Ele a aceitou super bem, e não queria nem ir embora sem levar a irmã junto. Dois dias depois recebemos alta, Luma é forte e saudável, mesmo com tantos trancos que eu passei, minha filha veio perfeitamente bem.(...)Fiquei na casa da Amélia por três meses, já para conseguir me adaptar com as duas crianças, mas agora, era hora de voltarmos para Sidney, e começar de verdade a nosso vida de casados. Liguei para a Karen, e ela está disponível para continuar trabalhando para mim como babá dos meninos, é mais para me ajudar já que o Dante também é pequeno, e seria um pouco difícil para mim cuidar dos dois sozinhas. — Vocês deveriam morar aqui. Como vou fi
Marina,Os meses vão se passando como se fosse fogos, não percebi quando a minha barriga começou a crescer, mas ela está tão grande que já teve até apostas. Amélia acha que é dois, Suellen acha que é só um, mas o bebê que é grande demais.Depois da nossa renovação de votos, voltamos para Sidney e trabalhei com o Ethan até completar sete meses, e então, ele deixou alguém no lugar dele e viajamos para a Califórnia, como eu tinha prometido para a Amélia. Mas, dois meses passaram voando, e no meio da madrugada, acordei com uma dor forte no baixo ventre que espalhou para minha lombar.— Ethan… — chamei, meio tensa, tentando acordar ele. Como ele não acorda, chamo mais alto. — ETHAN...— O quê? Quer mais bolacha com queijo? — Ele acorda com tudo olhando para mim.— Não, Ethan! Acho que… acho que tá começando. Tá doendo muito e... — Travo o maxilar, e aperto o lençol com a minha mão. Ele me olha parecendo está travando, e eu começo a tentar controlar as dores com a técnica da respiração.— C
Marina,Nunca pensei que o Ethan fosse capaz de me surpreender desse jeito. Ele nunca foi romântico, estava começando a ser, mas isso aqui… isso aqui é de filme de Hollywood.— Você confia em mim? — Ele pergunta como se não soubesse da resposta, pois se tem alguém nesse mundo que eu mais confio, é nele.— Não — respondi, ironicamente. — Mas me surpreendeu muito isso tudo.— Casa comigo de novo? — Está brincando, né? — Outra vez eu pergunto ironicamente, já que ele também sabe a resposta.— Não. Tô falando sério, muito sério. A gente já enfrentou tanta coisa junto. Eu queria te lembrar e mostrar pra todo mundo aqui que se eu tivesse que escolher de novo, eu escolheria você. Sempre. Para toda minha vida.Meus olhos e enchem de lágrimas, e eu só consigo falar sim com os lábios e com a cabeça, pois até a minha voz falhou nesse momento.Agora fico pensando, será que ele planejou tudo isso quando me mandou vim sem ele, ou decidiu isso de uma hora para outra? Olho para trás, e vejo toda a
Marina,Suellen me levou para a dança do ula ula que ela tinha falado, porém, não consegui me divertir como ela tinha dito. Minha mente estava na Califórnia, junto com o Ethan. Ela ainda comprou dois coquetéis de frutas sem álcool para nós duas, pois ela disse que já teve problemas com álcool, e por isso não bebe mais. Voltamos para os quartos quando o dia já estava clareando. Tomo um banho e me deito na cama, mas não consegui dormir. Ele nem se quer me ligou, e isso me deixa apreensiva. Com medo do que poderá está acontecendo lá. Pego o meu celular e ligo para ele, porém, chama até cair na caixa postal, mas ele não atende.Alguém bate na porta e eu mando entrar. Amélia pergunta se estou bem, com o Dante nos braços.— Estou sim. — Estendo a mão e ele vem. Beijo sua cabecinha, sentido o cheiro dele, que meus o crescendo cada vez mais, ainda parede meu bebezinho recém nascido.— Não parece. Que horas você voltaram?— Quase agora, mas não vou conseguir dormir, ele nem me ligou Amélia.
Ethan,— Agora, me deixa ver o que farei com você, Alissa. — Ela olha para o meu tio com medo, e começa a se debater na cadeira. — Pelo que você sofreu na prisão, era para ter percebido que não deve mexer com a minha família, mas você gosta de rir na cara do perigo, não é?— Me coloca de volta lá, Edson, eu juro que nunca mais mexo com vocês.— Depois de anos na prisão você não aprendeu, quem me garante que vai aprender agora? — zela se desespera mais, e o tio Edson vai para o fundo da sala. — Ethan, eu sou a mãe da sua mulher, como vai dizer para ela que você viu seu tio me matando e não fez nada?— O que eu poderia fazer com a mulher que matou os meus avós, botou a culpa no meu pai, sequestrou e tentou matar a minha mãe? Tem mais, a Marina nem te chama de mãe, quando ela fala de você sempre diz "Alissa". Significa, que ela não se importa com você, e eu muito menos.— Não, não, seu tio é um psicopata, ele tem problemas mentais, olha o que ele está fazendo, você não vê?— Ele não est
Ethan Nota da autora, leia o comunicado antes de iniciar a leitura.Esse capítulo vai ter tortura detalhadas, se você for sensível, por favor, pula a parte que viu indicar que contém a tortura. Agora se vocês gostam, Bom divertimento....Assim que eles se vão, Edson me chama para irmos embora, liga para um dos seguranças da casa e manda num buscar os outros carros. Entramos no carro o tio Edson e ele dirige por quase duas horas para chegar no tel sítio. De início, você não vê nada de mal, é apenas um pequeno sítio, um sobrado de madeira cercado por cercas também de madeira com arame farpado. Mas, assim que entramos na casa, já damos de cara com alguns seguranças dele pela casa. Tem apenas um sofá, uma pia, um fogão e uma geladeira aqui dentro. — No andar de cima tem beliches para eles se revezarem e ninguém dormir na patrulha. Já no andar de baixo, tem uma sala tipo a minha do porão que você viu, e mais para o fundo, tem se gaiolas. Fiz esse lugar depois de tantos inimigos que o
Último capítulo