Era um sábado de céu nublado quando Marcus finalmente cedeu ao impulso que vinha sufocando seus dias: ligar para Eveline.
Ele tinha passado a semana inteira se convencendo de que ela precisava de espaço. Que precisava de tempo. Que em breve, por orgulho ou saudade, ela voltaria. Talvez uma mensagem. Talvez um sinal.
Mas os dias se transformaram em semanas.
E nada.
Agora, sentado no sofá do quarto deles — que permanecia como ela deixou — Marcus segurava o celular com os dedos trêmulos. O nome “Eveline” ainda estava salvo. O coração bateu forte ao tocar a tela. Esperou. Ansioso. Nervoso. Esperançoso.
“Este número não existe ou foi desativado.”
Ele congelou.
Tentou de novo.
Mesmo resultado.
O coração acelerou. O mundo pareceu girar. Ela havia mudado de número. Bloqueado o passado. Bloqueado ele.
Levantou-se de súbito, tropeçando nas próprias ideias, no orgulho esmagado, no desespero que vinha como avalanche.
Pegou as chaves. Saiu sem pensar.
Clara não se assustou quando viu Marcus à port