A manhã de segunda-feira amanheceu tranquila. O céu estava limpo, azul, e uma brisa suave percorria as ruas da cidade, como um sussurro de novos começos. Na mansão Avelar, Eveline se preparava para a despedida.
Com Gabriel nos braços e Marcus ao lado, ela descia a escada principal com o coração apertado. Foram muitos meses ali. Aquela casa tinha sido seu abrigo, seu refúgio, sua reconstrução.
Ao chegarem ao hall de entrada, Marta já os aguardava com os olhos marejados e um sorriso caloroso.
— Vai mesmo embora hoje? — perguntou ela, engolindo o choro.
— Vou, Marta... — respondeu Eveline, com a voz embargada. — Mas isso nunca vai ser um adeus. Aqui é parte de mim. Parte da história do Gabriel.
Marta a abraçou com força.
— Vocês têm um lar aqui. Sempre terão.
Enquanto isso, Lucas e Beatriz desciam as escadas correndo, assim que ouviram a movimentação. Beatriz vinha com os olhos arregalados, já segurando a bonequinha preferida. Lucas chegou mais rápido e se jogou nos braços de Eveline.
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