A curta distância entre eles parecia um abismo intransponível. Alana sabia que, ao atravessar aquela porta, seria ainda mais difícil ver Murilo novamente. Incapaz de resistir, ela se virou e correu de volta para o peito familiar dele, permitindo-se um último momento de conforto.
Quando ela finalmente voltou para casa, Cristiano já havia saído. Matteo estava sentado no sofá, com o rosto fechado. Assim que viu Alana entrar, ele deu um sorriso amargo:
— Eu sei que você foi vê-lo.
Alana, decidida a não esconder mais nada, sentou-se ao lado de Matteo no sofá. Em um tom cauteloso, ela perguntou:
— Primo, por que você odeia tanto o Murilo?
— Odeio? Não, Alana. Eu o desprezo. Sinto repulsa. — Respondeu Matteo, com uma calma que contrastava com a intensidade de suas palavras. Alana podia sentir a tensão subjacente em sua voz.
Mas, na visão dela, Matteo não deveria conhecer Murilo tão bem para sentir algo tão extremo. De onde vinha todo aquele rancor e aversão?
— Por quê? — Perguntou ela, sem en