As lágrimas de Alana brotaram instantaneamente.
— Murilo! O que você está fazendo?
Murilo aproximou-se de seu ouvido, e sua voz soou fria como gelo:
— Por que não me contou? Era só uma ligação, e você nem ao menos se deu ao trabalho. Você quer me abandonar?
Alana o encarou, com um olhar firme, porém cheio de tristeza.
— Eu não quero ir embora. Não quero me separar de você.
Murilo finalmente a soltou e caminhou até a cama, enquanto Alana suspirava aliviada. Ela voltou a sentar-se na beira da cama, com os pensamentos em tumulto.
— Então, por que não me contou? — Perguntou Murilo, virando-se para ela.
Alana desviou o olhar, murmurando baixinho:
— Porque eu tinha medo de chorar.
Ela sabia que, enquanto não visse Murilo, conseguiria manter a fachada de força e coragem. Mas bastava estar diante dele para que toda a sua determinação desmoronasse. Ela dependia dele mais do que gostaria de admitir, e temia que, ao vê-lo, não conseguisse manter a promessa que fizera ao primo.
Murilo, sem dizer m