No escritório, o ambiente pesado parecia sufocar Murilo, que mal conseguia respirar. Mestre Coelho estava sentado à frente da escrivaninha, concentrado em uma pintura, sem sequer lançar um olhar para ele.
Depois de um longo silêncio, Mestre Coelho finalmente terminou o desenho. Ele colocou o pincel de lado e perguntou:
— No que você tem andado tão ocupado ultimamente?
— Apenas algumas trivialidades. — Respondeu Murilo.
— Trivialidades? Pelo que vejo, você está muito envolvido com romances. Eu não sou contra você namorar, mas você sabe sobre aquela mulher. — Disse Mestre Coelho, com uma expressão preocupada.
Murilo soltou um sorriso autodepreciativo e respondeu:
— Vovô, eu conheço a história dela melhor do que ninguém. Não preciso ouvir isso dos outros.
Mestre Coelho riu levemente.
— E como você sabe disso, garoto?
Murilo deu de ombros.
— Se alguém não tivesse reclamado, você não teria me chamado aqui de repente.
— Hm, de fato. Recebi algumas mensagens estranhas sobre isso.
Murilo man