Ao ver Chloe presente, Camila endireitou a postura, levantou ligeiramente o queixo e sorriu com elegância, perguntando a Afonso:
— Mestre, o senhor me chamou?
Afonso apontou para o balcão, onde as peças do quebra-cabeça estavam todas espalhadas:
— Monte essas peças.
— Claro.
Camila se aproximou e, ao dar uma rápida olhada, já reconheceu que era uma reprodução de uma famosa pintura, “Carvalho à Luz da Lua”. Apesar de o quebra-cabeça ser um produto moderno e em versão reduzida, ela sabia bem que o artista, Dakama, havia passado seis meses observando aquele carvalho todas as noites antes de concluir a obra. Ele tinha apenas dezoito anos quando terminou o quadro. Era o ídolo de infância de Camila.
Ela o admirava profundamente. Já tinha visto e estudado aquela pintura inúmeras vezes quando mais jovem, chegando a reproduzi-la diversas vezes. Para ela, era algo tão familiar que poderia desenhá-la de olhos fechados.
Então, o que aconteceu a seguir surpreendeu a todos. As mãos ágeis de Camila c