— Sr. Pedro, bom dia! — Gritou de repente um dos funcionários, que tinha olhos de lince.
Logo, ele correu em direção à porta, abrindo-a com toda a cortesia.
Pedro entrou segurando uma caixa de madeira vermelha nas mãos.
Afonso, alisando a barba, sorriu e o cumprimentou animado:
— Pedro, o que trouxe hoje pra gente restaurar?
Pedro levantou a caixa, com um sorriso discreto:
— É o registro de eventos da nossa família. Tá bem danificado, e eu só confio na Camila pra consertar isso.
Camila deu alguns passos à frente, pegou a caixa das mãos de Pedro e a abriu, indo para um canto para analisar o conteúdo. Ao ouvir o elogio ao talento de sua pupila, Afonso ficou todo orgulhoso.
Mesmo que o negócio fosse restaurar pinturas, algo que Afonso não tinha ensinado, ele se encheu de vaidade e disse:
— É isso mesmo! Quando se trata de restaurar pinturas, ninguém faz melhor que a minha aprendiz. Ah, essa menina é um prodígio! Tão jovem e já tão talentosa… daqui a pouco, nós, os velhos, não vamos ter ma