Quando Ana foi encontrada, estava semidespida, desabada ao lado de uma lixeira. Parecia um frango congelado exposto no refrigerador de um supermercado. Seu corpo estava pálido como a morte, e seus olhos, opacos e cheios de desespero.
Ela foi levada ao hospital, onde os exames revelaram uma costela quebrada, lacerações pelo corpo, múltiplos hematomas e uma leve concussão. O médico sugeriu chamar a polícia, mas Ana recusou veementemente, envergonhada demais para permitir.
Daulo recebeu a ligação e foi ao hospital vê-la. Assim que colocou os olhos naquela cena de humilhação, seu rosto ficou sombrio. A pressão arterial subiu como um foguete.
— Vamos chamar a polícia! Vou pegar aqueles desgraçados e arrancar a pele deles! — Rugiu Daulo, em fúria, ameaçando explodir.
Ana, entre soluços, balançava a cabeça desesperadamente:
— Deixa pra lá, por favor. Eu não posso suportar essa vergonha. Se chamarmos a polícia, isso vai virar um escândalo, e como vou encarar as pessoas depois?
Antes do ocorrid