Todos ficaram imóveis. Eu olhei ao redor e todos, até minha mãe, estavam de boca aberta.
— Então está bem. — Ela sussurrou enquanto se aproximava.
Nós olhamos de volta para Carly, que piscou e, mais uma vez, os olhos castanhos e brilhantes dela voltaram a nos encarar. Eu me agachei até ficar na altura dela.
— Isso acontecia com frequência?
— A deusa? — A voz dela voltou a soar alegre. Ela deu de ombros. — Papai disse que ela vinha quando tinha uma mensagem para entregar.
Carly soltou uma risadinha.
— Quando eu tinha visões, eu lembrava do que via, mas quando a deusa vinha, eu não lembrava.
— Por quê?
— Porque ela precisava me pôr para dormir para poder falar por mim. Papai disse isso para não me machucar. Mas eu não me importava. Ela era a deusa. — Carly girou nos calcanhares e voltou até minha mãe. — Obrigada por me ajudar a pendurar minhas cortinas.
Depois, ela saltitou de volta para o quarto.
Eu continuei agachada e ergui o olhar para minha mãe.
— Eu estava fora da minha alçada.
Ela