— Me conte. — Ela tentou pegar minhas mãos, mas se lembrou de que não podia me tocar, então pairou sobre as minhas mãos.
— Ele me atacou. — E eu vi seus olhos se arregalarem.
— Comece do começo.
— Quando cheguei aqui, ele estava bem, no início. Depois Aurora começou a aparecer por perto. E sempre que eu dizia o nome dela ou ela se aproximava, os olhos dele ficavam turvos.
— Turvos?
— Como se ele estivesse confuso ou distraído. Sem foco. E a voz dele ficava suave e confusa. Aurora ficava dizendo que seria a próxima luna. Ninguém estava levando a sério, mas toda vez que ela estava por perto, ele parecia considerar a ideia. Hoje, eu estava esperando do lado de fora do escritório e ouvi ela dizendo que estava se ligando a ele.
— Ela disse que estava se ligando a ele? Exatamente assim?
— Sim.
— O que aconteceu depois?
— Eu arrombei a porta e ela estava derramando algo na boca dele, então eu a ataquei. Mas ele me arrancou de cima dela e gritou que ela seria a luna. Ele quase me estr