Dor.
Era tudo que Ivy conseguia sentir.
Ela piscou lentamente, tentando entender onde estava.
Seu corpo doía em vários pontos, um peso esmagador a mantinha imóvel contra o chão frio e úmido. O cheiro de terra molhada impregnava o ar, e um zumbido incessante preenchia sua mente, como se o próprio ambiente pulsasse ao redor dela.
Tentou mexer os dedos. Depois as pernas. Mas era inútil.
O desespero começou a se infiltrar, corroendo os limites de sua razão.
Então, ela ouviu.
Passos.
O coração de Ivy disparou.
O som ecoava pelo espaço escuro, ritmado, cada vez mais próximo.
Não!
Seu peito subia e descia em uma respiração acelerada e trêmula. Sua mente gritava que era ela. A pessoa que a observava. Ele estava voltando.
O pânico tomou conta de seus sentidos.
— Fique longe... — tentou dizer, mas sua voz saiu fraca, um sussurro quebrado.
Os passos continuavam. Mais perto. Mais perto.
Ivy sentiu lágrimas quentes escorrerem pelo canto de seus olhos, misturando-se à sujeira em seu rosto.
Ela qu