O silêncio dentro da mansão era absoluto, mas dentro de Ivy, o caos rugia. Ela ainda sentia que estava noescritório de Lucian, o lugar que ficou impregnado com o peso das palavras que ele dissera.
Ela não queria ouvir. Não queria aceitar. Então fugira dali, como se pudesse escapar da verdade.
Ela se refugiou no jardim, no canto mais afastado, onde as sombras das árvores pareciam engolir o mundo.
O ar frio daquele fim de tarde, tocava sua pele, mas ela mal sentia. Seu peito subia e descia, o lobo dentro dela inquieto, clamando por algo que ela se recusava a dar nome.
"Eu te quero, Ivy."
Ivy queria responder a Lucian que o ele achava sentir, era porque o vínculo o obrigava. Não porque ela havia tirou o chão dele desde o primeiro dia, como ele havia feito com o dela.
Mesmo assim, as palavras de Lucian se repetiam, quebrando as barreiras que ela erguera.
O pior era que, no fundo, ela sabia. Sabia que já não podia mais negar o que sentia. Mas aceitar isso significava abrir mão de todas