O silêncio que pairava no salão era sufocante, mas dentro de Ivy, tudo gritava. Seu coração batia forte, a cabeça girava com a revelação.
— Amanhã? — Sua voz saiu embargada, mas logo se firmou. — Por que tem que ser tão rápido?
Ela olhou ao redor, buscando respostas nos rostos ao seu redor. Nenhum dos anciões desviou o olhar.
Foi um deles, um homem de cabelos grisalhos e olhar severo, quem respondeu:
— Ouvimos rumores de uma revolta ainda maior.
Ivy franziu a testa, sentindo um arrepio na espinha.
— Maior?
O homem assentiu.
— A morte de Ethan despertou uma raiva que não podemos conter por muito tempo. Muitos acreditam que essa foi a gota d’água. E se não fizermos algo rápido, perderemos o controle.
Ivy sentiu o estômago revirar ao ouvir o nome de Ethan.
— E acham que esse casamento vai mudar alguma coisa?
Dessa vez, foi Grace quem respondeu:
— Esse casamento precisa ser grande e público. Deve ser um símbolo.
— Um símbolo de quê? — Ivy questionou, a voz levemente trêmula.
— De unidade.