O silêncio que ficou entre Alaric e Ivy era tão latente que só fora quebrado apenas pelo som da água pingando do corpo de Alaric e o farfalhar distante das árvores.
Ivy ainda estava ofegante da corrida, mas a visão dele, emergindo do lago como um predador, fez seu coração bater de um jeito diferente. Não de cansaço. Mas de alerta.
Alaric avançou alguns passos em sua direção, sua expressão indecifrável. Seus olhos escuros pareciam avaliá-la, como se tentassem entender o que diabos ela fazia ali.
— O que você está fazendo aqui, Ivy? — Sua voz era baixa, rouca, carregada de algo que ela não soube definir.
Ivy abriu a boca, pronta para responder, mas, ao ver seu estado —completamente nu, a pele pálida cintilando sob a luz do luar — fechou-a de novo e desviou o olhar.
— Você… não vai colocar uma roupa? — Sua voz saiu mais seca do que pretendia.
Alaric ergueu uma sobrancelha, a sombra de um sorriso irônico surgindo em seus lábios.
— Ah, então agora você se importa? — Ele soltou um riso bai