POV AURORA.
Quanto mais eu tentava me afastar, mais parecia ser sugada para dentro.
Kael era uma força gravitacional — perigosa, inevitável. Eu me agarrava à ideia de que podia manter distância, de que bastava erguer muros. Mas no fundo eu sabia: eu já estava presa.
As coisas iam se intensificando, eu tentava lutar, mas não conseguia.
Não conseguia tirar da mente o episodio com Kael naquela sala, seu toque, seus dedos dentro de mim ainda me faziam queimar.
Eu tinha sentido um prazer tão intenso, que nunca senti na vida... mesmo que foi errado, que não devíamos ter feito isso, meu corpo clamava por ele...
Eu não conseguia evitar o desejo que sentia... de como queria sentir ele de novo, seus beijos, seus toques.
Cada toque, cada olhar, me levava para mais fundo em um universo que eu não entendia.
Agora, mais uma vez, eu estava em um baile da família Vescare.
As portas do salão se abriram diante de mim e fui engolida por uma explosão de luz e luxo. Lustres de cristal derr