Helena instruiu Barbara quanto a espécie e a dosagem necessária, gostaria de aplicar em si mesma, sob o olhar de testemunhas confiáveis de Barbara. Ela estava convencida de que conseguiria ajuda e sobreviveria sem danos profundos. Já não era tão jovem, mas estava confiante em sua resistência àquele tipo de situação.
— A entrega será depois de amanhã. Tire o dia, amanhã, para contratar seu último dia. Já decidiu sua última refeição? - Barbara seguia com o assunto macabro que lhe esfriava a alma. Helena parecia tão convicta que chegava a ser assustador.
— Sim. Italiana. Amo o ritual. Vinho tinto sempre me deixa satisfeita. - Helena tinha aquela nobreza que seria ceifada.
— Escolha e acontecerá. - Barbara determinou. - Se me der licença, querida. Já não sou mais tão jovem.
— Boa noite, Barbara. Tenha ótimos sonhos. - Helena desejou, modulando a voz para que parecesse sincera. Caso sobrevivesse, aquela mulher seria servida de um fim que não poderia escolher. Helena a acompanhava se retir