Resistência. Era a última coisa que Rafael tinha naquele momento etéreo e delicado, sob o domínio que Helena, ao toque dos dedos, nua. Ele sentia a mão dela deslizar sobre a lateral de seu corpo, envolvendo-o pela cintura. Aquela suavidade, deixava um rastro morno, arrepiava a pele dele. Um fogo, crescente, tomava seu corpo, deixava-o consciente dela e de si mesmo. "Mulheres assim causavam guerras na antiguidade." Ele constatava. Era aquele tipo de mulher apaixonante que erigia e destruía impérios.
— Jantar e encontro? - Ele se afastava, visivelmente excitado e sem jeito.
— Tem medo que eu fuja? - Ela tinha a expressão divertida.
— Tenho. - Ele confessava. - E que eu não tenha significado algum pra você. - Sussurrou depois de uma pequena pausa. Helena sentia a alma se rasgar. Um dos homens mais atordoantes que conheceu tinha alma doce. Era um coração delicado. Sentia-se culpada. Uma verdadeira canalha.
— Jantar e encontro, então. - Ela confirmou, terna. Sorria com uma luz que o aq