Dario parou a van, acomodando Helena no banco do passageiro, estava fria e tremia muito. As lágrimas cessaram em algum ponto depois que ela adormeceu, respirava com dificuldade, como se estivesse gripada. Os pulmões pareciam cheios, ela precisava de alguma paz. Tempo para se recuperar, longe daquela loucura toda de disputas entre aqueles chefões da fronteira.
Quatro horas e um bom contorno até passarem pela fronteira. Estavam de volta ao abrigo do deserto. Dario a levou até seu médico de confiança, ela tinha sinais de afogamento. Ele preferia não presumir nada, mas se vingaria se descobrisse que o marido tinha sido responsável por aquilo. Estava tão frágil, tão drogada, que tirá-la do torpor seria a beira do inviável. Dario não queria deixá-la na cidade, mas o isolamento poderia ser cruel.
Ele tinha várias propriedades em Piedras Negras, optou por uma com dois quartos, em um bairro antigo e bem estruturado, tinha um parque onde ela poderia correr quando estivesse melhor. Com carinho