Dario chegou a mansão, na zona rural de Piedras Negras com Helena nos braços. Uma legião de empregados os recebia e servia. Helena foi aguardada. Conheciam a lendária senhora Helena Garcia. A rainha de Mictlán que ele jamais esqueceu ou deixou de amar. Helena sequer percebia o seu entorno, regado a beleza e luxo. Um enfermeiro tentou pegá-la em seus braços. A mulher estava visivelmente fragilizada, mas se agarrava a Mictlán fortemente, chegando a ferir as próprias mãos, que se fechavam em um agarre impossível de desatar sem a machucar. Helena afundou o rosto no peito de Dario, parecia assustada, estava machucada, desidrata, desnutrida, nua e não parecia ter uma alma. Os olhos de uma loba, assustadores, retratavam uma jornada dolorosa, espelhavam a alma quebrada. Dario não a deixou.
— Senhor, precisamos examiná-la. - A médica disse, aflita.
— Façam o que for preciso e possível. - Dario ordenava, severo. Helena se refugiava nele, nervosa, às portas de irromper em outro pranto difícil