— Ei, vovô. Tem câmeras aqui, não tem? - Helena perguntou, ainda ressabiada. "Estou ficando paranóica?" Ela se questionava.
— E o que isso interessa? - O indiano perguntou.
— Põe na conta de favor para sua nova amiga especial da Migra. - Ela respondeu, vigiando a porta, ostensivamente.
— O que prova o que diz, garota? - O velho se interessava.
— Aqui. - Ela jogou a identificação no pé do balcão. O velho pegou a carteira. Era, para além da Imigração, militar de patente. Tenente Brown, H. J. Ele fechou a carteira.
— Vira a placa de "Fechado", Tenente. - O velho instruiu. - Vira e dá um passo atrás. - Helena o obedeceu. Pesadas portas desciam entre os vidros blindados, malhas de metal e cerâmica. Ela se surpreendia com o grau de segurança daquele lugar. Era bastante incomum.
A loja de penhores era pequena, com prateleiras abarrotadas de objetos que pareciam carregar histórias esquecidas, tinha o ar, pesado, misturado ao aroma de madeira envelhecida e incenso. A mulher tinha o o