Johnson, em trabalho, era uma figura intimidadora e sombria. Maria não se lembrava daquele homem, tão assustador, quando o via com Helena.
— Cabo Bacon. Poderia conversar comigo? - Johnson tinha a voz grave, um verdadeiro tenor. Com Helena, o tom era outro. Aquilo colocava Maria em estado de alerta. Ela apenas assentiu. - Poderíamos ir a um lugar reservado? Por cortesia?
— Sim, senhor. - Maria o levava à sala de reunião do andar médico. Era tranquila e bastante discreta. Acomodou-o e o serviu de um café forte.
— Obrigado, Cabo. - Ele agradeceu. - Posso gravar está conversa, para memoriais futuros?
— Serei exposta ou isso pode me prejudicar, de algum modo? - Maria perguntou, recuava. Johnson tinha a impressão de que aquilo podia ter a ver com Renard. Ela tinha traços parecidos com os de Helena, ainda que fosse mais robusta, mas o ar inocente e sedutor, simultâneos, nos olhos de âmbar, era algo que a tenente também tinha.
— Tem medo de alguém, em particular? - Johnson já gravav