Helena se levantou, passando por Gregory. Tinha um cheiro suave, parecia frutal.
— Aceito, Greg. - Ela se deteve, brevemente, passando por ele. - Seu quarto está pronto. É o do outro lado do corredor, ok? - Ela indicou. Caminhava, serpenteante, sem se dar conta de como aquilo o colocava aflito. Gregory sentia que seu coração explodiria. As pernas lindas, descalça, cabelos soltos, pele molhada. Helena era um tipo raro de mulher. De beleza natural e livre, que só precisava existir. Ela deixou o copo na pia. - Qual o dresscode, coração? - Ela perguntou, se virando para ele. Via, de relance, algo que a incomodava, na expressão do médico: desejo. Um rápido lampejo a colocava em estado de alerta, com sua máscara de perfeição.
— Bom, não perguntei sobre isso. - Ele percebia que Helena tinha refinamento, não se tratava de alguém fácil de impressionar. Aos poucos, ele começava a ficar ansioso, aquela mulher não demandava apenas cuidados, demandava fino trato, além de outras tantas caracterís