Charles Benson
Eu estava no escritório, em casa. Mesa limpa, tudo no lugar. A rotina me mantinha no controle. Até que o celular vibrou. Uma mensagem. Do Noah.
“Pai, eu sei o que você fez. E não importa o quanto tente separar a gente, eu ainda amo o Simon. Você não manda mais em mim. E não vai decidir quem eu amo. Se quiser romper contratos, rompa. Mas não vai romper o que eu sinto.”
Li uma vez. Depois outra. Na terceira, já com a mão tremendo, o sangue subiu. O moleque teve a coragem de me enfrentar. De me jogar na cara o que eu mais temia: que ele ainda estava preso naquele garoto.
Aquele nome ainda me incomodava. Não era por causa de alguma coisa que ele fez. Simon nunca foi desrespeitoso. Também nunca foi agressivo. Ele cresceu com o Noah, eram amigos desde moleques. Mas isso nunca significou que eu aceitava o que ele representava.
Simon era o tipo de garoto que vinha de uma família simples, sem estrutura, sem padrão. E agora, mesmo depois de adulto, mesmo como CEO da Vértice E