Quando o carro estava prestes a dar a partida, Eduardo de repente parou de novo. Ele deixou as duas mãos sobre o volante e ficou olhando para fora, em transe. Uma mulher grávida, barrigão à vista, caminhava do outro lado da rua, acompanhada do marido. Os dois conversavam e riam, e o rosto dela era todo cheio de felicidade. Essa cena o fez pensar em Yasmin.
Yasmin engravidou duas vezes, uma ele nem sequer estava por perto, nem soube que tinha acontecido. Desta vez, ainda pior.
"Parece que eu nunca trouxe felicidade para ela... Apenas tempestade."
Os olhos de Eduardo ficaram vermelhos. Ele baixou a cabeça sobre o volante e ficou ali por um longo tempo antes de finalmente voltar a ligar o carro.
Meia hora depois, ele retornou à mansão. Assim que estacionou, uma empregada veio recebê-lo e falou em voz baixa:
— A senhora voltou ontem à noite, estava furiosa... Quebrou algumas coisas e chorou até de madrugada. O senhor não quer ir lá consolar?
Eduardo soltou um botão do paletó, o semblante c